O que fazer quando não se sabe o que fazer
II Crônicas 20:1-17
É muito comum não sabermos o que fazer ao estarmos diante de uma situação inesperada, que não esperamos nem sonhamos. Ficamos como que sem chão. Sem saber em que nos apoiar e sem saber o que fazer a partir dali. Isto é normal.
Muitas pessoas se desesperam e fazem loucuras quando não sabem o que é o melhor para fazerem. Fazem loucuras quando estão num momento de crise ou desesperador.
É compreensível que neste primeiro momento fiquemos como que desnorteados, é uma reação natural do homem. Mas nós somos diferentes. Dentro de nós habita o Espírito Santo de Deus, o poder de Deus para a salvação, para a libertação, para a cura e para o que for. O Espírito Santo é o próprio poder de Deus, como está escrito em João 1:12; Atos 1:8.
Mas além de ser poder para trazer a solução à realidade o Espírito Santo é aquele que consola e conforta segundo João 16:7.
O Espírito Santo também é aquele que intercede por nós, diante do Pai, com gemidos inexprimíveis, Romanos 8:26. Ele converte as nossas orações em gemidos e sentimentos diante de Deus. Apocalipse 5:8; 8:3,4.
O rei Josafá e o povo de Judá se viram numa situação inesperada, desesperadora. Um grande exercito inimigo veio contra eles e eles sabiam que não podiam resistir por causa do tamanho daquele exercito (v.12). Um inimigo maior e mais poderoso que vinha para destruir completamente o povo de Judá e Jerusalém. Surgiu então o questionamento, O que fazer diante desta situação crítica? Josafá disse: "Não sabemos nós o que faremos."
Neste mesmo texto podemos extrair alguns passos que Josafá e o povo de Judá pôs em prática e obtiveram resultado.
1 – Buscar ao Senhor com jejum e oração – v.3
Orar é falar com Deus; é conversar com o Pai antes de vivenciarmos o problema. Não é agirmos como pedintes, batendo na porta da graça ou do céu quando a situação já está fora de controle. Judá tinha comunhão com Deus antes da grave situação que vivenciava. Assim também era Daniel antes de ser lançado na cova dos leões, pois orava três vezes ao dia (leia Daniel 6:10-24). A vida de oração de Daniel incomodava tanto o inferno que seus inimigos tomaram conselho entre si e decidiram que tinham que fazê-lo parar de orar. Jesus também orava regularmente (em tempo de paz, de guerra, em situações boas e difíceis), pois uma vida regular de oração nos fortalece e proporciona-nos uma segurança divina. Daniel não deixou de orar e Deus livrou-o na cova e não da cova dos leões. Jesus não se livrou da cruz, mas foi glorificado depois dela.
Jejum é um sacrifício da carne enquanto alimentamos o espírito e o fazemos fortalecido. Somos espírito e é necessário que tenhamos o nosso espírito fortalecido. O jejum enfraquece a carne pois é como uma rédea que colocamos nela.
O Senhor Deus se expôs a que o buscássemos. Ele disse: Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes com todo o vosso coração.
De todos aqueles que vão até o Senhor Ele não despreza nenhum.
2 – Lembrar o que Deus já fez
O rei Josafá começou a "irrigar" sua mente, seu coração, com lembranças daquilo que Deus já havia feito para o seu povo – vitórias sobre outros povos e nações, a fidelidade no cumprimento das promessas, nas manifestações do Seu poder e de como Deus já havia trabalhado maravilhosamente em sua própria vida. Lembrar-mo-nos do que Deus já fez, ler a Sua Palavra, aprender com seus feitos, enriquece a nossa fé (leia VV 6-7). O que Ele já fez para Seu povo na terra, é a garantia de que também fará para os demais filhos. Pessoas há que desistem de Deus num momento apavorante, mesmo que Ele nunca tenha falhado com elas. Antes de desistirmos, devemos trazer à memória o que Deus já fez em nossa vida, na vida de pessoas que conhecemos, os testemunhos já ouvidos, os feitos divinos registrados em Sua Palavra, para que o inimigo não nos convença de que não temos saída (leia João 14:26).
3 – Manter os olhos fitos no Senhor – v.12
"porém os nossos olhos estão postos em ti."
Nossa esperança está posta no Senhor e estamos olhando para Ele para vermos o que Ele fará. Nossa confiança, nossa fé está no Senhor. Tudo isto o povo afirmou estar fazendo quando disse "porém os nossos olhos estão postos em ti.".
Olhos fitos, ligados, grudados, nem piscamos. Pois cremos que o Senhor fará uma maravilha. Diziam com esta postura ainda que o Senhor era o seu Deus e não existia outro Deus diante deles.
4 – Adorar e louvar o Senhor – v.18,19
A quinta atitude a ser tomada quando não sabemos o que fazer, está descrita nos VV.18-19 (leia-os).
É prostrar-se perante o Senhor numa atitude de reverência, confiança em seu poder e gratidão antecipada pela vitória prometida, adorando-O e louvando-O de todo o coração.
O inimigo quer nos provocar e quanto mais aceitarmos sua provocação, mais dentro de sua vontade estaremos. Os inimigos foram a Judá com armas, lanças e espadas, quando este tinha de Deus a promessa de que não mais teriam que guerrear, mas teriam que usar outro tipo de arma para obterem livramento – a fé que os levaria a adorar e louvar a Deus mesmo em momentos desesperadores.
Havia uma promessa de livramento e quando o povo começou a cantar louvores, enaltecendo as promessas de Deus, a resposta divina tornou-se realidade (leia VV.22-24).
Enquanto prosseguirmos louvando e exaltando nosso Deus, mantendo nossa fidelidade e servindo ao Senhor, ao olharmos para trás, veremos nossos inimigos prostrados.
Riquíssimas bênçãos são concedidas aos que vivem pela fé em Deus e em obediência à Sua soberana vontade. Amém!
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