quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Meditação diária

Meditação diária
Provérbios 18:21
"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto."
     Ap. Tiago registrou muito bem sobra a língua na epístola de Tiago 3:5-11 uma reflexão profunda sobre o poder da língua e por conseguinte das palavras. Tiago chama a língua de "mal incontido", que ninguém pode domar. 
     As palavras possuem um grande poder, podem exaltar e destruir. A língua lança mão da palavra para adorar a Deus e também para cometer o mal. Uma coisa é certa, não se pode usar a mesma palavra para o bem e para o mal. 
     Com a língua se libera palavras que geram vida, com a língua se semeia a boa semente do evangelho da salvação, com a língua se adora a Deus com palavras e com louvores, mas com a mesma língua se ofende às pessoas, se ofende a Deus, se comete pecados o que traz a morte. De acordo com Rm 6:23 " o salário do pecado é a morte."
     Há um ditado popular sobre a língua, "Palavra fora da boca é igual a pedra fora da mão." Uma vem liberada não há com voltar atrás. Uma palavra liberada encontra abrigo, para o bem ou para o mal. Os anjos tomas as palavras ungidas e abençoadoras e a fazem acontecer. Da mesma maneira os demônios tomas as palavras malignas para efetuarem o mal, como uma legalidade.
     Por fim não podemos deixar de falar sobre o coração. A boca fala do que há no coração, para o bem ou para o mal.
     Façamos o bom uso das palavras e comeremos de seus frutos. 








Ídolos do Coração


Apa Dirlei Lima

·      Gn 25:19-34
·      Ez 14:1-8 – ídolos do coração.
·      Ezequiel 16.36, 18:6, 23.37 – ídolos nestes versos é entendido como pensamentos de uma pessoa.
·      Ezequiel 14:22,23 e 24.14 - ídolos nestes versos é entendido como obras devassas, ações perversas.
·      Ezequiel 14:3 e Lucas 11:17 – ídolos neste verso é entendido como pensamento conteúdo do raciocínio.

O que paralisa o crescimento da nossa descendência?

Ídolos do coração!

O que são ídolos do coração?

Comecemos ponderando sobre os ídolos. O termo “ídolo”, ou equivalente, aparece cerca de duzentos e quarenta vezes nas Escrituras. A maior parte destes usos ocorre no Antigo Testamento, onde é utilizado pouco mais de duzentas vezes. Pelo menos quinze palavras são usadas no hebraico para se referir, direta ou indiretamente, aos ídolos ou às imagens: תרפים (idolatria, ídolos, imagens); אשׇרה (deusa babilônica); אליל (de nada, sem valor); ב ׇמה (lugar alto, colina); גלול (ídolos); הבל (vapor, fôlego, vaidade); ציר (imagem, ídolo); שקץ (ídolo, abominação); שוא (vacuidade, falsidade); צבע (ídolo, imagem); פסל (ídolo, imagem); תבנית (figura, imagem); מסכה (libação, imagem fundida); לצתמפ (coisa horrível,repugnante);צלם (imagem,vazio)eסמל(imagem,estátua,ídolo).

No Novo Testamento, a palavra mais usada é εἰδώλον, que significa “imagem”, “réplica”. Etimologicamente, o termo é derivado de εἶδος, que significa “aparência externa”, “forma”. Contém a idéia de algo que representa a forma de um objeto, seja de modo real ou imaginário. Essa é a idéia básica das Escrituras a respeitos dos ídolos: são imitações.

Podemos observar que existe uma certa ênfase no fato de que os ídolos são “imagens”. Com efeito, o termo usado para se referir à imagem de Deus no homem (Gn 1.26), também é aplicado aos ídolos (צלם).

Os ídolos, portanto, refletem a imagem de algo, mas não a de Deus, pois as Escrituras referem-se a eles como “abominação” (שקץ), “coisa horrível e repugnante” (לצתמפ) e “falsidade” (שוא).

O termo, assim como tantos outros usados para se referir aos ídolos, destaca a idéia repetida pelas Escrituras de que qualquer tentativa representar e substituir a Deus é uma completa aberração aos olhos do Senhor.

Os ídolos são imitações vãs e distorcidas de um Deus que não pode ser imitado. Sendo descritos como “abominação” (שקץ), “coisa horrível e repugnante” eles representam a imagem, não de Yahweh, mas do próprio coração humano , (מפלצת) pecador, que possui em si mesmo, o desejo de ser como Deus (Gn 3.5).

Nesse sentido, da mesma forma como o homem foi criado à imagem (צלם) de Deus, o homem criou deuses que refletem a imagem da maldade de seu próprio coração. Com efeito, o livro de Isaías deixa claro que o homem cria, a partir da madeira, um ídolo que seja à sua semelhança (תבנית) e que expresse a sua própria beleza ou glória (תפארת - Is 44.13).

Além disso, não podemos desconsiderar o fato de que as Escrituras destacam a idéia de que por trás dos ídolos existe uma influência demoniaca (Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37), que deseja desvirtuar a imagem de Deus (2 Ts 2.4).

Diante disso, podemos concluir que o uso do termo "ídolo" nas Escrituras aponta para o fato de que se trata de uma imitação criada pelo homem com o objetivo de reproduzir a Deus, mas que é, na verdade, cópia de seu próprio coração caído, e que, por conseguinte, acaba ocupando o lugar de Deus na vida do ser humano.

idolatria= qualquer coisa que desvia nosso coração de Deus ou Seus princípios.

No Antigo Testamento, apenas o vocábulo לב (e sua variante לבב) é usado para designar a idéia de coração. O seu sentido abrange a idéia de alma (2 Rs 5.26), mente, conhecimento (1 Rs 3.12; 4.29), razão (Jó 12.24), reflexão (Ne 5.7), memória, resolução (2 Cr 24.4), determinação da vontade (Ex 25.2; 35.21), lugar das emoções (Ex 4.14; 1 Sm 2.1). Em Gênesis 8.21, é usado para se referir ao propósito “íntimo” do homem, que é mal. Também é utilizado para se referir à sede dos pensamentos (Gn 24.45).

No Novo Testamento, pelo menos três vocábulos são traduzidos como “coração”. O primeiro deles é καρδία. Este vocábulo traz em si o sentido de órgão do corpo, centro da vida física e espiritual, fonte ou lugar dos pensamentos (Mt 9.4), crenças (Mt 24.48; Mc 11.23; Lc 2.35), desejos (Mt 5.28; 6.21), emoções (Jo 16.22; At 2.26), propósitos (Mt 9.4; At 5.4); centro da vontade e caráter (Mt 15.19; Lc 6.45). O segundo é ψυχή, que compreende a idéia de respiração, fôlego da vida (Mt 2.20), força vital que anima o corpo (Mt 10.28; Mc 10.45), alma (lugar dos sentimentos e afeições – Mt 26.38; Hb 10.38). O terceiro vocábulo é σπλάγχνον. Seu sentido literal é “entranhas”, “intestinos”. Também compreende a idéia de “sede das paixões”, já que se entendia que as vontade mais intensas do homem provinham de suas entranhas.

Para o judeu, o sentido era muito mais abrangente. Engloba ainda a idéia de razão, desejos e vontade.
Diante disso, podemos entender o coração como a sede dos pensamentos e razão (cognitivo), das emoções e desejos (afetivo) e da vontade e ação (volitivo). Isso nos mostra que é no seu interior que as escolhas e decisões são feitas. Por conseguinte, é nele que se trava a batalha entre o pecado e a santidade, entre a dedicação a Deus e o amor pelas coisas deste mundo. É no coração que adoramos a Deus ou a ídolos.

Idolos do coração: Inveja, ódio, não reconhecer unção do irmão e questionar soberania de Deus.

Diferentemente do uso mais comum do termo, o profeta Ezequiel o aplica à adoração que ocorre dentro do coração humano. A referência não é a imagens, estátuas ou coisas semelhantes, mas a tudo que o coração do homem venha a adorar dentro de si. O contexto indica que “ídolo do coração” é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida de alguém:

Porém, podemos adiantar que um dos aspectos mais consideráveis na idolatria do coração são os desejos da carne, que anseiam por ser satisfeitos. É no ídolo que o homem pensa encontrar a satisfação para estes desejos.

Continua...