PARTE II
Avaliemos o exemplo bíblico de Raquel. Em Gênesis 29:16 a 30:24 vemos esta mulher demonstrando inveja e um grande desespero por não ter filhos, enquanto sua irmã Lia tinha vários: “Quando Raquel viu que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã. Por isso disse a Jacó: 'Dê-me filhos ou morrerei!'”.
Podemos dizer que o ídolo do coração de Raquel era “filhos”. Contudo, a razão de sua inveja e desespero é mais profunda do que o desejo de ter filhos. Ela os queria porque pensava encontrar neles aquilo que iria satisfazer seu desejo mais profundo por significado dentro de sua família e dentro daquela sociedade, que enfatizava excessivamente o papel de mãe para as mulheres.
Se não tivesse filhos, na compreensão de Raquel, ela perderia sua importância diante de seu marido para Lia (havia uma disputa entre as irmãs – Gn 30.20) e seu valor dentro da família (Gn 30.8).
Raquel tinha um desejo idólatra de reconhecimento (orgulho). Os filhos, assim, se tornaram seu ídolo porque pareceram poder satisfazer seus desejos mais fortes.
Os desejos idólatras compreendem os anseios mais intensos do ser humano quando voltados para qualquer outro objeto que não seja o próprio Deus.
O ídolo, por sua vez, é tudo aquilo a que um indivíduo se apega por entender que é nisso que encontrará a satisfação dos seus desejos.
O desejo é o objetivo e o ídolo é o meio para alcançá-lo.
Um exemplo disso, semelhante ao de Raquel, é o caso de alguém que anseia por ser apreciado e reconhecido pelas pessoas (desejo idólatra), e que encontra a sua satisfação no desenvolvimento de uma forma física que todos apreciem. Neste caso, a atividade física, apesar de não ser errada em si mesma, pode se tornar um ídolo. NARCISISMO.
Gálatas 5:16-21 – concupiscência da carne = ídolos do coração
Diante disso, podemos entender “ídolo do coração” como sendo tudo aquilo que o homem adora (consciente ou inconscientemente) por acreditar encontrar nisso a satisfação para os seus desejos mais profundos. É tudo aquilo que o ser humano ama mais do que a Deus, e que ocupa o lugar dEste em sua vida, mesmo que apenas momentaneamente.
As Escrituras parecem afirmar a existência de um culto que o homem celebra em seu coração quando dá prioridade a qualquer outra coisa que não o próprio Deus verdadeiro.
Diante de tudo isso, parece desnecessário afirmar que o foco para a transformação de vida é o coração e não a mudança do comportamento em si.
Mateus 23:25-28
De nada adianta mudar o comportamento, se o coração permanecer o mesmo. A maldade continuaria no interior do homem e encontraria outras formas de se expressar. Por isso Jesus ensina que é preciso limpar o interior do copo, ou seja, o coração, e a conseqüência disso é que o exterior do copo, ou seja, nossas ações, serão limpas.
Para identificar ídolos do coração devemos observar:
1) Nos relacionamentos
Analisar casos de relacionamentos instáveis e flutuantes. Conflitos de relacionamentos.
Tiago 4:1-12
2) Nas circunstâncias
Variações entre adversidades e prosperidades, flutuações entre com e sem dinheiro.
3) Nos casos de dor excessiva
Que pode revelar idolatria, quanto a sofrimento. O sofrimento como algo que é cultuado para atrair a atenção e outros ou manipular outros.
4) No modo de falar
Reações ao ser confrontado como endurecer coração.
5) Nos comportamentos corrompidos
Com pessoas, paixão lasciva, etc.
Esaú deu espaço a um ídolo de ódio, em seu coração, por causa da unção que estava sobre Jacó, Esse ódio nasceu por causa da unção dobrada que estava sobre Jacó. E é preciso deixarmos registrado que a escolha de uma pessoa para ser continuadora da linhagem não precisa que seja primogênita. E isso Raquel não entendia e nem Jacó entendeu a princípio.
E começa a questionar: “Quem ele pensa que é para me tratar deste jeito?”
“É o queridinho do papai?!”
Como discipulador, o maior ínimigo meu é o ídolo que está no coração do discípulo, que não aceita a unção no discipulador.
Esse ídolo fez com que Jacó retardasse o cumprimento da promessa, fugindo de Esaú. Esses ídolos travam o cumprimento da promessa, por isso Jacó fugiu com medo e perdeu + de 14 anos. Atrasou a promessa em + de 14 anos. E por muitos anos nem se lembrou que tinha um propósito na vida e que havia sido chamado por Deus. Digamos que por 14 anos pensou e trabalhou para ter a mulher que lhe encheu os olhos. Neste tempo o propósito esteve parado.
Com ídolo do coração só se lida com ele por meio de revelação, por discernimento. Pois o ídolo é incubado, é escondido. E somente o Espírito Santo de Deus é que sonda os corações e pode revelar.
Esse mesmo ídolo nasceu em Caim que o levou a matar Abel.
Jacó foi cuidar das coisas desta vida, livrando a pele dele e a promessa ficou para “depois que eu me salvar.”
Esses inimigos fazem a gente retroceder para o lugar que Deus nos tirou. Jacó voltou para as terras de onde sua mãe for a tirada, para onde não deveria retornar.
Os ídolos do coração fazem com que sejamos enganados. O jugo pesa e cansa. Porque aceitamos jugo de discípulos que estão conosco é que ficamos cansados e desgastados, como discipuladores.
Destes ídolos nasceu o povo Edomitas, nasceu o cristianismo sem Cristo (com um Cristo bebê), nasceu roma. Não a cidade mas toda a regência que está por detrás da igreja romama.
Esaú é símbolo daqueles que tem desprezo pelas coisas de Deus. Todos que têm despreso pelas coisas de Deus são descendentes espirituais de Esaú.
Os ídolos do coração tentam destruir todos aqueles que são frutíferos.
Os discípulos que agem assim são traiçoeiros e traem porque têm ídolos no coração.
Como vencer os ídolos do coração?
Como foi o Peniel de Jacó?
Iremos ter vitória guerreando com o Anjo e tendo encontros com Deus.
Quem não se converte fica pelo caminho e seu nome é esquecido.
Esaú amaldiçoou Jacó e por isso foi amadiçoado por Deus.
A unção em alguém suscita descendência.
Jacó pediu ao Anjo a retomada do propósito que incluia o perdão de Esaú.
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