sexta-feira, 19 de abril de 2024
Levítico 14:1 – 15:33
RESUMO DA PARASHÁ
Após a discussão ao final da porção da semana passada, a respeito da tumá resultante de animais mortos, a Parashá Tazria (Vayicrá 12:1-13:59) introduz as várias categorias de tumá emanando de seres humanos, começando com uma mulher dando à luz. O restante da porção descreve com riqueza de detalhes as várias e numerosas manifestações da doença chamada tsaraat .
Embora tenha sido traduzida erroneamente como lepra, esta doença de pele tem pouca semelhança com qualquer moléstia corporal transmitida através do contato normal. Ao contrário, tsaraat é a manifestação física de uma doença espiritual, uma punição enviada por D'us, primeiro pelo pecado da maledicência, entre outras transgressões e comportamento anti-social.
Êxodo 4:6 , 7
"6Disse-lhe mais o Senhor: "Coloque a mão no peito". Moisés obedeceu e, quando a retirou, ela estava leprosa; parecia neve.
7Ordenou-lhe depois: "Agora, coloque de novo a mão no peito". Moisés tornou a pôr a mão no peito e, quando a tirou, ela estava novamente como o restante da sua pele."
Conhecida como metsorá, a pessoa afligida por uma mancha parecida com tsaraat na pele está sujeita a uma série de exames por um cohen, que declara se o paciente está tahor ou tamê.
Se for tamê, ele será isolado para fora do acampamento, um castigo apropriado para alguém cuja língua infame fez com que pessoas se separassem umas das outras. Após descrever os vários tipos, cores e manifestações da doença na pele, cabeça e barba da pessoa, a porção conclui com uma discussão sobre as vestes contaminadas por tsaraat.
A Parashá Metsorá continua a discussão de tsaraat , detalhando o processo de purificação de três partes da metsorá, ministrada por um cohen, completa com imersões, Corbanot, e a raspagem de todo o corpo. Após uma demorada descrição da tsaraat em casas e a ordem de demolir toda a residência caso a doença tenha se espalhado, o capítulo final da porção discute várias categorias de emissões humanas naturais, que tornam uma pessoa impura em graus variáveis.
Mas de que fala mesmo esta porção?
Qual o tema?
Qual palavra resume esta porção?
Se mudarmos nossa atenção agora ao outro ponto em questão, a aflição da tsaraat, descobrimos que a Torá inicia a discussão da pessoa atacada por esta doença sem nenhum tipo de introdução; o leitor é lançado imediatamente numa discussão abrangente das várias formas e manifestações da tsaraat. A torá não faz rodeios, vai direto ao ponto.
Nós também devemos ir ao ponto e evitar fazer rodeios improdutivos.
Qual foi a primeira citação de uma pessoa leprosa na bíblia?
Moshé foi esta pessoa. Ele duvidou de Deus e falou mal de Deus de forma indireta.
"Mas não crerão em mim." – O Senhor diz que eu devo fazer assim e assim. Eu duvido que seja verdade que fazendo insto ou falando o que o Senhor me manda ocorrerá o resultado esperado.
"Quando me perguntarem que Deus é, falarei o que?" - Nem eu mesmo te conheço.
"Mas eu não tenho condições de fazer." – Deus disse: "Eu serei contigo e porei na tua boca o que hás de falar."
Moshé desfez as afirmações de Deus e Deus o ensinou algumas lições.
Um treinamento intensivo de não questionar a Deus.
As pessoas de um modo geral se impressiona mais pelo que veem.
Mesmo nos dias atuais, uma manifestação que os olhos veem impressiona mais do que palavras faladas.
As pessoas não sabem que é mais fácil enganar os olhos do que uma boa audição e uma mente perspicaz.
A segunda situação em que temos anotação de uma manifestação de tzaraat, foi em Números 12.
Números 12:1 - 15
"1Miriã e Arão começaram a criticar Moisés porque ele havia se casado com uma mulher etíope.
2"Será que o Senhor tem falado apenas por meio de Moisés?", perguntaram. "Também não tem ele falado por meio de nós?" E o Senhor ouviu isso.
3Ora, Moisés era um homem muito paciente, mais do que qualquer outro que havia na terra.
4Imediatamente o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: "Dirijam-se à Tenda do Encontro, vocês três". E os três foram para lá.
5Então o Senhor desceu numa coluna de nuvem e, pondo-se à entrada da Tenda, chamou Arão e Miriã. Os dois vieram à frente,
6e ele disse:
"Ouçam as minhas palavras:
Quando entre vocês
há um profeta do Senhor,
a ele me revelo em visões,
em sonhos falo com ele.
7Não é assim, porém,
com meu servo Moisés,
que é fiel em toda a minha casa.
8Com ele falo face a face,
claramente, e não por enigmas;
e ele vê a forma do Senhor.
Por que não temeram
criticar meu servo Moisés?"
9Então a ira do Senhor acendeu-se contra eles, e ele os deixou.
10Quando a nuvem se afastou da Tenda, Miriã estava leprosa; sua aparência era como a da neve. Arão voltou-se para Miriã, viu que ela estava com lepra
11e disse a Moisés: "Por favor, meu senhor, não nos castigue pelo pecado que tão tolamente cometemos.
12Não permita que ela fique como um feto abortado que sai do ventre de sua mãe com a metade do corpo destruída".
13Então Moisés clamou ao Senhor: "Ó Deus, por misericórdia, concede-lhe cura!"
14O Senhor respondeu a Moisés: "Se o pai dela lhe tivesse cuspido no rosto, não estaria ela envergonhada sete dias? Que fique isolada fora do acampamento sete dias; depois ela poderá ser trazida de volta".
15Então Miriã ficou isolada sete dias fora do acampamento, e o povo não partiu enquanto ela não foi trazida de volta.
Nestes textos temos situações das quais podemos inferir a causa primária do tsaraat. Nas duas situações está bem estabelecido o lashon hará.
O que é Lashon Hará?
Lashon hará é uma observação negativa verdadeira sobre outra pessoa.
Falar sobre indiscrição ou falhas de alguém é ainda pior; isso é chamado lashon hara (a língua do mal).
Maledicência infundada que cria desacordo (motzi shem ra – Metsorá) é ainda pior.
Palavras carregam o potencial de causar dano catastrófico, com frequência prejudicando e separando famílias e amizades.
"Uma palavra fora da boca é uma pedra fora da mão."
1 – Também é proibido ouvir lashon hara. Alguém tentando passar a você alguma informação interessante? Desculpe-se educadamente, ou mude de assunto. Melhor ainda, explique por que você não está interessado em ouvir.
2 – Às vezes, até um "elogio" pode ter uma conotação negativa. Exemplo: "Meu vizinho é um grande chefe de cozinha! O aroma da carne grelhada chega ao meu quintal toda noite!" Isso é também uma crítica velada de um estilo de vida festivo e caro?
3 – Até o lashon hará não dito. "Oh, não pergunte: Eu acho melhor não falar sobre Mark…" Rapaz, não te conto! – está implícito.
Aquele que era atingido pela tzaraat devia ser afastado da vida em comunidade. Se isolar longe de todos.
Somente o sacerdote podia se aproximar de um leproso. Aliás o leproso tinha de se apresentar regularmente ao sacerdote. Indicando a conotação espiritual da situação.
O isolamento servia para evitar a pessoa de contaminar outros e também para levar a pessoa afetada a refletir sobre a origem de tudo aquilo.
A fim de avaliar a gravidade de suas ações.
O objetivo final não é punição, mas retificação, teshuvá.
Espera-se que toda esta angústia e tormento ajude a reconhecer seu mau procedimento e leve-a ao arrependimento.
A Torá aqui deseja nos ensinar o poder da palavra.
Mateus 12: 33 – 37
""33Considerem: Uma árvore boa dá fruto bom, e uma árvore ruim dá fruto ruim, pois uma árvore é conhecida por seu fruto.
34Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração.
35O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más.
36Mas eu digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado.
37Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados".
Toda palavra pronunciada deve ser cuidadosamente medida.
Até um comentário aparentemente inofensivo sobre uma pessoa deve ser tratado.
As palavras têm um significado. Possuem poder!
Não podemos permitir que nossa boca aja livremente, sem qualquer preocupação quanto ao resultado.
Como a Torá nos foi outorgada no Monte Sinai?
Foi um rolo de escritos que caiu do céu?
Não. Foi através da palavra sagrada – Lason Hakodesh – proferida por D'us.
Ficamos desfigurados quando usamos palavras para condenar e não para comunicar; fechar em vez de abrir mentes; quando usamos a linguagem como uma arma e a manejamos brutalmente.
A mensagem de Metsora permanece viva nos dias atuais.
Tiago 1: 19 - 26
Praticantes da palavra
19Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se,
20pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.
21Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.
22Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando vocês mesmos.
23Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho
24e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.
25Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.
26Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!"
A violência linguística não é menos selvagem do que a violência física, e aqueles que afligem os outros são afligidos. Palavras ferem. Os insultos ferem. A linguagem maldosa destrói as comunidades.
A linguagem é o maior presente de D-s para a humanidade e deve ser guardada cuidadosamente.
Exercer autocontrole sobre aquilo que dizemos é admirável.
Melhor ainda é a capacidade de realmente respeitar e amar cada pessoa, erradicando o negativo e perdendo o desejo de partilhar má informação sobre ela.
O poder destrutivo da fala negativa é superado somente pelo poder benéfico da fala positiva. Elogiar e falar positivamente sobre nosso próximo beneficia a nós mesmos, a pessoa sendo elogiada e toda a sociedade.
Tiago 2:2 - 12
2Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
3Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo.
4Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto.
5Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.
6Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.
7Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e tem sido domada pela espécie humana;
8a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero.
9Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
10Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!
11Acaso podem sair água doce e água amarga da mesma fonte?
12Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce."
O antídoto do lashon hará é o estudo da torá. O estudo do lashon hakodesh.
Ass. Pr Charles A R de Andrade
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Êxodo 25:1 - 27:19
O final da porção da semana passada registra a ida de Moisés ao cume do Sinai, ao encontro de Deus, a fim de receber as mishpatim (leis) e as mitzvot (mandamentos) do Eterno, para depois ensiná-los ao povo.
Êxodo 24:18 – "E entrou Moisés pelo meio da nuvem e subiu ao monte, e esteve Moisés no monte quarenta dias e quarenta noites."
Na porção desta semana, Terumá, há como que uma pausa na seqüência das leis e mandamentos para registrar que Deus entregou a Moisés toda a descrição dos itens a serem utilizados e como deveria ser construído "um Santuário para a presença Dele", Mikdash – שדקמ. Estes eram os materiais a serem utilizados na construção do "Tabernáculo", Mishkan - ןכשמ.
A começar pelos materiais descritos, podemos perceber a riqueza de elementos bem como de detalhes em cada objeto, móvel, item do tabernáculo. Deus disse a Moisés para falar ao povo de Israel a fim de Lhe trazer "terumá", e desta terumá seria feito o tabernáculo.
המורת – Terumá: palavra hebraica que se origina da raiz – םור – "Rum", que significa: um presente (como que oferecido ao alto) especialmente em sacrifício ou como tributo; oblação; contribuição; levantamento de oferta. Há também a ideia de "louvor", "exaltação" Àquele que recebe a terumá.
Esta terumá tinha uma característica que foi ressaltada pelo próprio Deus. Ela deveria ser um ato voluntário. - "de todo homem cujo coração o impelir para isso, tomareis Minha terumá."
O que isto nos diz?
Deus estava dizendo que Ele queria ser exaltado, adorado, receber louvores por meio de ofertas voluntárias de todos que fossem impelidos a ofertar. Pois a característica da terumá oferecida estaria diretamente relacionada com a finalidade a que ela fosse usada. Uma oferta especial, nobre para uma finalidade nobre, adorar o Eterno.
Ela mostraria o coração de cada um do povo mas também o coração da nação inteira, ofertar terumá ao Eterno, do melhor que tivessem em suas mãos, não por obrigação ou por coação.
No deserto não havia minas de ouro, prata ou pedras preciosas. Também não havia tecelagens ou criação de animais raros e exóticos que serviam para produzir pigmentos a serem usados no tingimento dos tecidos. Estes elementos indicados por Deus a serem utilizados na construção do santuário eram materiais nobres e/ou raros, incomuns no deserto.
E agora, como resolver esta questão?
Por que Deus está querendo algo que é caro, raro ou difícil de ser providenciado?
Alguns poderiam pensar: "Ele disse isto porque quer que o povo fique pobre dando todas as suas riquezas ou porque quer que o povo se acabe só para dar o que Ele quer." Os que pensariam assim seriam aqueles mesmos que se queixariam de falta água, de falta de carne e de que no deserto tinha muita pedra e muito calor.
Outros diriam: "Deus quer estes itens porque Ele é o único Deus verdadeiro e único que merece ser adorado! Se ele nos pede isto Ele irá nos prover um meio para que providenciemos isto!"
Em verdade esta questão já havia sido resolvida de antemão, quando na saída do Egito. Naquela ocasião Deus disse aos "bnei Israel" para pedir presentes aos egípcios e que os egípcios lhes dariam de bom grado. Assim fizeram e saíram com grandes riquezas do Egito. Receberam presentes em ouro, prata, pedras preciosas, roupas finas e muitos outros utensílios que não temos listados na bíblia.
Agora Deus estava lhes dizendo: "Quem sentir no coração ofertar em honra a Mim e à casa onde pousará a manifestação da minha presença no meio de vocês, que me oferte, voluntariamente."
Desta maneira Deus estaria analisando qual era o "deus" dos corações do povo, e se neles havia maior apego a bens materiais, adoração a ídolos materiais, que honra a Ele.
Também estava ensinando que para se relacionar com ELE o homem não pode ter outro Deus, não pode ter nada mais valioso que ELE nem apego a nada material, seja qual for o seu valor.
Hoje em dia temos um mandamento semelhante em Malaquias 3:10. Onde Deus nos chama a oferecermos ofertas alçadas, em honra a Ele, que sirva para manutenção da casa onde está presente Seu nome. E mesmo hoje em dia Ele nos sonda por meio das ofertas, terumá, apresentadas diante Dele.
Não é o fato de dar que atende ao requisito. Se alguém dá algo de valor e até de grande valor mas o faz com mágoa no seu coração, por obrigação, contra a própria vontade, para impressionar outras pessoas e até como que para comprar alguma bênção de Deus, engana-se a si mesmo e Deus não está recebendo esta oferta.
Ap. Paulo nos ensina que o ofertar deve ser com liberalidade, assim como propôs no seu coração. Pois Deus vê o nosso coração. 2 Coríntios 9:7,8.
Em Marcos 12:41 – 44 Yeshua também nos ensina muito sobre isto quando se colocou próximo ao local das ofertas observando as ofertas e as pessoas que ali as depositavam. Fazendo da mesma forma que Deus nos observa, vendo os corações.
Ele ensinava aos discípulos, que não é a pessoa que dá maior quantia a que mais oferta, pois esta pode dar do muito que lhe sobra. Mas que a maior oferta parte daquela pessoa voluntariamente movida a ofertar com custo, peso, grau de sacrifício, indicando o esforço em demonstrar o valor Daquele a quem se oferta pelo valor presente na oferta entregue.
Esta terumá tinha um objetivo, ser usada na construção do mishcan. Quando é que o mishcan foi afetivamente construído?
Ele foi construído depois do pecado do bezerro de ouro. Como um sinal de que a presença da shechina do Eterno estava no meio de seu povo e para ser o único local de adoração. Meditar na palavra de Deus é maravilhoso. Podemos ver o cuidado de Deus em preparar o antidoto antes mesmo do povo pecar.
Deus passa para Moisés o projeto do tabernáculo que deveria ser construído no futuro, com todos os seus detalhes, que seria sinal de que Ele havia perdoado o pecado do povo, antes mesmo do povo haver pecado.
Deus prepara o antidoto antes mesmo de cairmos. Pois a ordem para a construção do tabernáculo foi dada mesmo, depois que o povo pecou, sofreu a consequência do pecado, se arrependeu e foi perdoado.
O pecado do povo afastou a shechiná do arraial e o tabernáculo seria o ponto de ligação onde a shechiná poderia retornar à terra.
No Salmo 23 podemos perceber este cuidado antecipado. O salmista Davi diz que antes mesmo que passemos pelo vale da sombra da morte, temos a certeza que o cuidado do Bom Pastor estará sempre presente. "Ainda que ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, tua vara e teu cajado me consolam."
Cada elemento indicado por Deus tinha um significado e um motivo para fazer parte dos 15 elementos que seriam usados na construção do mishcan, assim como o próprio tabernáculo possui tremendo significado para o judeu e para nós hoje.
Tabernáculo, morada, assim era o santuário construído para ser local da presença da shechiná do Eterno no meio de seu povo. Eu e você somos este tabernáculo hoje em dia, eu e você somos local da morada da shechiná do Eterno neste tempo que se chama hoje. Ap. Paulo afirma que somos morada de Deus em Efésios 2:22; ICoríntios 3:16; I Coríntios 6:19, 20.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Parashá Yitro – יתרו פרשה
A verdadeira conversão
Êxodo 18:1-12
A Parashá desta semana é Yitro (Jetro). Já podemos perceber pelo título desta parashá algo diferente, algo que nos salta aos olhos.
Sabemos que o título das porções de estudo da Torah, são sempre a primeira ou as primeiras palavras daquela porção. Neste caso o verso de Êxodo 18:1 começa com "Yitro", Jetro, nome do sogro de Moisés. Até aqui nada de diferente, mas o que há de diferente no título desta parashá?
Esta e outras poucas parashot possuem como título o nome de uma pessoa. Ao todo existem 5 parashot com nomes de pessoas dentre todas. O que isto lhe diz? São 9,2% das parashot com nome próprios de pessoas, isto não é uma regra mas exceção.
Sabemos que a Torah não tem nenhum registro em vão, por lapso ou descuido. Tudo que há registrado na Torah, ali está com um objetivo. Partindo deste pensamento podemos pensar que há algo de diferente ou especial nesta porção de estudo para que a faça ter o nome de uma pessoa. Ou pelo mérito desta pessoa, ou pelo demérito dela ou ainda por algo que a envolva e o Eterno quis usar de exemplo para o seu povo Israel.
Vamos começar analisando a pessoa e seu nome. Quem era Yitro?
Yitro, também conhecito como Reuel, era pai de sete filhas, que eram pastoras de ovelhas e dentre elas Tziporá foi dada como esposa de Moisés.
Ele morava e era uma pessoa influente na terra de Midiã, mesma região do feiticeiro/profeta Bilan (Balaão). Região onde hoje está a Jordãnia.
Alguns comentaristas dizem que ele era governante em Midiã, outros dizem que ele era sacerdote de cultos religiosos idólatras. A nossa tradução registra como sacerdote, porém esta palavra pode ser traduzida também como governante, ou oficiante ou homem da lei. Alguns comentários indicam que ele era um homem com muitas riquezas materiais e prestígio na sua terra.
Certamente ele já conhecia Adonai, ao menos de ouvir falar, desde quando Moisés chegou a Midiã fugindo do Egito e se tornou seu genro. Moisés certamente falou do Eterno a Jetro, seu sogro, nos anos em que ele viveu como pastor de ovelhas, 40 anos aproximadamente.
Porém este primeiro contato de Jetro com Deus foi apenas de ouvir falar e ficar no nível da mente, não descer ao coração.
Agora, ele novamente ouviu falar sobre o Eterno e como diz o texto: "ouviu acerca de tudo o que Deus tinha feito por Moisés e por Israel, seu povo; e como trouxe Israel do Egito."
Este novo relato chamou tanto a atenção de Jetro que o fez sair de sua casa, de sua comodidade, deixar sua posição de governante e/ou sacerdote de deuses pagãos, e ir em direção à presença do Eterno, יהוה.
Ele sabia que que onde estava o povo de Deus ali estaria Moisés, pois este era seu líder. Ele também sabia que onde estava o povo de Deus, Israel, ali também estava a presença de Deus, a glória de Deus.
A informação de que ADONAI havia julgado o Egito e seus deuses e havia praticamente destruído todo o Egito tinha se espalhado por todos os países e terras vizinhas e chegou a Midiã.
Jetro sabia que o Egito era um país poderosíssimo, o mais poderoso daquela época. Ele sabia que os deuses egípcios eram "poderosos" com os poderes das trevas e que eram grandes feiticeiros, bruxos e encantadores.
A fama do Egito corria por todas as terras. O que se falava era que jamais um escravo havia fugido do Egito. Falava-se que as fronteiras do Egito eram "fechadas" com feitiços poderosos. Assim como hoje em dia ouvimos que muitos fazem trabalhos de feitiçaria e/ou bruxaria para "fechar" seus corpos, como se fossem encantamentos para proteger seus corpos, suas fronteiras, seus limites.
Há relatos de que dentre os feiticeiros e conselheiros que serviam ao faraó da época estavam Bilan e o próprio Jetro.
Jetro sabia muito bem quem era o Egito, o que ele representava e o seu poder espiritual das trevas. Ele passou a ouvir sobre Adonai ao conviver com Moisés como seu genro.
Mas agora Moisés havia se tornado líder de um povo, havia se tornado grande profeta de Deus na terra e ao ouvir de tudo que Adonai havia feito por Moisés e pelo seu povo Israel, isto tocou Jetro, chamou sua atenção.
Ele reconheceu que o Deus de Israel não era mais um deus ou qualquer deus. Por tudo que ele conhecia do Egito ele sabia que o Deus de Israel era mais poderoso que todos os deuses do Egito, que eram os mais poderosos deuses da época. Isto tudo chamou a atenção de Jetro e o fez ir em direção ao Eterno. Jetro foi até onde estava o profeta de Deus, o povo de Deus, onde estava Deus.
No seu encontro com Moisés e após ouvir de Moisés tudo que o Eterno fez aos egípcios por causa do povo de Israel, Jetro fez sua publica profissão de fé em Adonai. Ele se rendeu ao Eterno, se converteu ao Eterno e declarou: "Bendito seja Adonai, que o salvou dos egípcios e do faraó, que salvou seu povo da mão pesada dos egípcios. Agora eu sei que Adonai é maior que todos os outros deuses, pois ele salvou os que eram tratados com tanta arrogância."
Neste mesmo momento Jetro ofereceu uma oferta queimada, holocausto, e sacrifícios a Deus. Oferta pela culpa, oferta pelo pecado, oferta de arrependimento selando a sua conversão. Agora não é mais o Jetro feiticeiro ou sacerdote idólatra. Agora era Jetro, servo do Deus Altíssimo.
Esta parashá se apresenta como o primeiro registro de conversão de um idólatra a Adonai. Mostra uma bela declaração pública de fé e crença no Eterno como único Deus verdadeiro. Como o Todo Poderoso.
Deste relato entendemos como ocorre o processo de conversão de uma pessoa ímpia. Jetro é este exemplo.
Esta pessoa ouve falar de que existe um Deus verdadeiro, que é o Criador de todas as coisas, que é Eterno e que é o Todo Poderoso. Estas palavras penetram em sua mente e são semeadas no terreno da mente. Na alma, como está escrito em Hebreus 4:12.
Esta semente plantada ali permanece, as vezes anos a fio, esperando um dia em que começa a germinar. Talvez você se pergunte: O que faz a palavra germinar?
Podemos pensar em vários aspectos que incomodam e despertam as pessoas ou que as tornam mais reflexivas ou sensíveis. Uma dificuldade pessoal, uma crise financeira, problemas de saúde, problemas nos relacionamentos interpessoais da família, etc. Não parece ser o caso de Jetro.
Ele já tinha ouvido falar de Deus mas o que o fez ir em direção ao Eterno foram os milagres e maravilhas realizados pelo Eterno para o seu povo, para o homem.
Deus usou um arbusto em chamas que não se consumia para atrair a atenção de Moisés. Ele permitiu o sofrimento do povo no Egito para despertar o povo a buscá-lo e para clamar por Ele. Ele usou os milagres realizados, que eram juízos sobre o Egito, como algo a atrair a atenção de Jetro.
Deus pode usar muitas coisas e/ou pessoas para atrair nossa atenção em direção a Ele e muitas vezes não percebemos que é Deus nos chamando. Porque estamos com nossos sentidos endurecidos, cauterizados pelo pecado que habita em nós, pela distância em que nos encontramos Dele.
Jetro bendisse ao Eterno, "Bendito seja Adonai!". Ele reconheceu e declarou que o Eterno é UM e o Todo Poderoso. Muitas pessoas também reconhecem que Deus é Deus e que é o único Deus, mas ficam por aqui.
Quero lhes dizer que até o diabo sabe e reconhece que Adonai é Deus, o único Deus. "Até o diabo é crente!" E ele, mais que nós humanos, sabe muito bem o quanto Deus é poderoso.
Onde está o diferencial na vida de Jetro?
Ele se rendeu e adorou ao Eterno e lhe ofereceu um holocausto e sacrifícios.
Os comentaristas dizem que ao ouvir todo o relato de Moisés ele bendisse ao Eterno e agiu! Pegou duma faca e circuncidou-se. Bem como serviu ao Eterno, apresentando sacrifícios a Ele.
Muitos vão às igrejas, conhecem Deus, ouvem sobre Deus toda semana, mas não possuem aliança com Ele, não foram circuncidadas no coração, nem servem ao Eterno com suas vidas. Estas pessoas não são nem estão vivendo no reino de Deus. Romanos 2:29.
Jetro teve o mérito de ter seu nome como nome de uma parashá por ter se convertido ao Eterno e haver se aliançado com Ele, deixando toda a sua vida no mundo, todo seu passado para se aliançar com Deus e o servir.
Quantos estão dispostos a deixar suas vidas passadas no mundo, onde eram alguma coisa, mesmo que pouca coisa, para começarem uma vida nova do zero no reino de Deus?
Quantos estão dispostos a entrar numa aliança com Deus pelo que ELE é sem se importar com quem se é?
Jetro passou por este processo! Teve sua vida transformada pelo Eterno!
E você?! Tem uma aliança com o Eterno?
Pr. Charles Augusto R. De Andrade
MIB – Casa de Adoração
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Bênção e Maldição
Devarin 11:26-32
"Vejam, coloquei diante de vocês bênção e maldição."
Assim se inicia a leitura dessa semana da Torá, Reê (Devarim 11:26-16:17), quando Moshê reitera, uma vez mais a doutrina do Livre Arbítrio. Liberdade de escolha. Sem isso, Maimônides nos lembra, a religião é sem sentido, a moralidade um não-conceito, a Torá supérflua.
De fato, não somente nos foi concedido um livre arbítrio entre o bem e o mal, mas também a opção de em qual nível fazer esta escolha. Uma escolha de escolhas, se me permite.
a – Há o bem e há o mal. Bênção e maldição, luz e trevas. D'us criou ambos. Escolhemos qual dos dois, ou qual combinação a partir deles, irá definir a nossa existência.
b – Na verdade, há apenas o bem. D'us é a fonte de toda realidade; e como D'us é a essência do bem, somente o bem é real. Assim como não há uma coisa como a escuridão – somente luz ou sua ausência (que chamamos "escuridão") – assim também, há somente bem ou sua ausência. Ou em vez disso – como nenhum local é vazio de Sua presença – bem ou sua ocultação. Portanto, a opção entre bem e mal não é uma escolha entre duas realidades, mas uma escolha entre ser e não-ser, entre realidade e ilusão.
c – Como "escolha", por definição, é a afirmação livre e desimpedida da vontade; e como a vontade intrínseca da alma humana é pela vida e bem-estar; a única escolha verdadeira que pode haver é a escolha do bem. Porém, nos foi concedida a liberdade de escolha, o que significa que podemos escolher não escolher; aquilo que chamamos "liberdade de escolha" é na verdade a escolha de exercer a opção ou de renunciar à escolha. Quando afirmamos nossa verdadeira vontade – quando escolhemos – invariavelmente optamos pelo bem.
Qual é então – a, b ou c? Isso é com você. Este é o verdadeiro significado de "livre arbítrio": não que você possa meramente escolher entre duas ou mais opções apresentadas a você por uma autoridade superior, mas que é você que determina o nível de realidade na qual sua vida consciente se desdobra. É você que determina a distância entre sua vida e sua Fonte, e assim a forma pela qual o "Livre Arbítrio" entra em sua experiência.
Faça sua escolha.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
VEJA COMO CRIAR UMA BOA IMPRESSÃO NOS PRIMEIROS 7 SEGUNDOS DA ENTREVISTA
sábado, 29 de setembro de 2012
O 12 uma arca de salvação
Nós precisamos de salvação, sem salvação o homem está perdido, morto e sem perspectiva de futuro.
Temos que entender que o processo do Novo Nascimento é um processo continuo e diário. Começou no dia em que nos convertemos e irá terminar quando Jesus vier buscar sua igreja ou quando morrermos em Cristo.
Se não tivermos esta compreensão estaremos fadados ao fracasso como discípulos, discipuladores, pais, pastores, líderes, etc.
Após o estudo da semana passada, não frutificar frutos de verdadeiro arrependimento é não ter a essência de Deus. Essa essência de Deus é denunciada nas nossas atitudes, palavras e pensamentos. É importante termos esta revelação.
É importante que nós, 12, não dissociemos nossa vida da palavra. Frutos de verdadeiro arrependimento são frutos de justiça. E essa justiça em nossa vida só pode ser estabelecida se a palavra de Deus estiver em nós.
Não frutificar frutos de arrependimento, justiça, moral, ética, e não frutificar com vidas significa que precisamos passar por arrependimento, metanóia.
Em Mateus 24: 37- ... Jesus disse que a sua volta será como nos dias de Noé. E estamos vivendo esses dias. Nunca em todos os tempos se tornou necessária a construção da arca de salvação.
Uma célula funcionando em nossa casa ou na casa de um discípulo ou vizinho é arca de salvação. Uma célula funcionando é instrumento de salvação para esta geração corrompida e perversa que temos visto nestes dias.
Nos dias de Noé, diz a bíblia que algumas coisas aconteceram para que viesse o dilúvio. O dilúvio foi uma forma de juízo divino sobre aquela sociedade corrompida e perversa.
Catástrofes ou desastres naturais são instrumentos de Deus para estabelecer juízo sobre um povo ou cidade ou nação. Quando isto acontece é porque a taca da ira de Deus foi cheia e desencadeia o juízo.
Em Gênesis cap 6 podemos ler as circunstancias desta sociedade. A maldade se multiplicou sobre a terra, toda a imaginação do coração do homem era má continuamente. A terra estava cheia de violência e corrompida.
Deus então mandou que Noé construísse uma arca de salvação e deu a ele todas as especificações da arca.
As relações humanas estavam completamente corrompidas. Tanto do homem para com Deus como do homem para seu semelhante.
O primeiro relacionamento partido, quebrado foi entre o homem e seu criador, Deus no Éden. Esta quebra de aliança produziu toda sorte de maldade humana, violência, corrupção e perversidade.
Foi necessário destruir a humanidade para recomeçar, por meio da arca de salvação que Deus mandou Noé construir.
Mesmo ao ter emitido este decreto de juízo, Deus deu tempo ao homem para se arrepender. Assim como Noé levou cerca de 120 anos para construir a arca, o ser humano teve este tempo para se arrepender.
Noé teve muito trabalho, mas muito trabalho. Ele sozinho ou com sua família construir uma arca que levaria uma seleção de todos os animais. Sem pensar em toda a gozação e falatórios que ele teve que ouvir. Foi uma guerra para ele.
Para se construir uma arca de salvação trava-se uma guerra, pois se mobiliza-se contra as forcas do mal para salvar uma geração.
Noé não tinha pastor sobre ele, nem bispo nem apóstolo. Ele era pastoreado diretamente por Deus. Deus chamou Noé e lhe disse que ele o escolhera para ser o construtor de uma arca de salvação e nos termos que Ele mesmo daria. Deus deu todas as especificações necessárias à construção da arca.
Noé teve uma compreensão tão profunda deste chamado que mesmo levando todo o tempo que levou e tendo que enfrentar todas as guerras que teve ele não desistiu. Ele entendeu que fazer a arca era uma questão de vida ou de morte. Ele entendeu que se ele não fizesse a arca para a salvação da sua geração nem a sua geração se salvaria nem ele mesmo com sua família.
Quem não constrói uma arca de salvação para a sua geração também não constrói para si ou para sua família.
Quando entendermos esta revelação, de que uma célula, M12 é uma arca de salvação e que ao construirmos estamos nos salvando a nós mesmos e às pessoas ao nosso redor, teremos outra motivação para trabalharmos ou guerrearmos para construir a arca de salvação que Deus quiser.
Deus nos chamou mas nunca disse que seria fácil ou sem dificuldades. Jesus disse que no mundo teríamos aflições mas que tivéssemos um bom animo pois assim como Ele venceu o mundo e as aflições nós as venceríamos.
Noé construiu a arca sobre um monte, num lugar de destaque e de maneira que ninguém tivesse desculpa de não ver ou ser alertado pela sua construção.
Onde você está construindo sua arca de salvação?
Ela está visível como um farol?
No mínimo tem que ser visível aos outros que é para o Senhor Deus que estamos trabalhando.
Todo tipo de ataque veio contra Noé. Mas o tempo foi passando e o povo viu que ele não desistiu nem deixou para lá. Poderiam então se perguntar: Porque este homem está tão resignado em fazer esta arca? De alguma forma serviu de alerta.
A arca era para todos que quisessem, mas nem todos quiseram, somente Noé e sua casa. Jesus é a arca que Deus mandou para a humanidade, arca de salvação espiritual. Ele veio para todos mas não são todos que o recebem em suas vidas como Senhor e salvador.
Em nossos dias, assim como construir uma arca de salvação é um processo continuo, construir o Novo Nascimento também o é.
Precisamos entender que estamos sob iminente juízo de Deus. Pois assim como nos tempos de Noé a humanidade está hoje em dia. A perversão, maldade, violência, estão em níveis alarmantes.
Basta ligarmos a tv para vermos uma amostra da maldade do homem na sua mais perversa face. Pais matando filhos, filhos matando pais, irmãos se matando, marido matando esposa e vice-versa. As relações humanas estão completamente destruídas e isto é sinal de que a relação do homem com Deus não existe mais.
O terremoto do Haiti é um exemplo. Uma nação quase foi destruída. E somente aqueles que estavam na arca de salvação foram salvos, mesmo que depois de dias soterrados.
Nações se manifestando contra nações e governantes devido ao volume ou malignidade manifestada.
Tudo mostra que quando o relacionamento entre Deus e o homem está corrompido as relações entre o homem assim estão.
O relacionamento que tenho com você denuncia o relacionamento que tenho com Deus.
A única maneira de afastarmos o juízo de Deus da terra ou de uma cidade ou povo é construindo uma arca de salvação para essa povo. Que é trabalhar para salvá-lo.
Pois quando um juízo de Deus vem sobre uma cidade vem sobre todos que nela habitam. E quem não estiver na arca do Senhor estará perdido.
É urgente que eu e você construamos arcas de salvação onde morarmos e estivermos.
Jesus também disse que nos dias da sua vinda seria como nos dias de Sodoma e Gomorra.
Deus usa as forcas da natureza para executar seus juízos. São forcas que ninguém pode se opor a elas.
Qual pecado ou pecados levou Deus a destruir estas cidades?
Arrogância, soberba, abundancia de ociosidade, violência. A semelhança do que ocorria nos tempos de Noé. Pv 6 tem registro de 7 coisas que Deus abomina.
A arca de salvação quando é construída restaura relacionamentos. Primeiro entre o homem e Deus e depois do homem para seu semelhante.
Aquele que tem um relacionamento com Deus enfrenta lutas e desafios mas vive bem com todos.
Muitas pessoas tem matado seus irmãos em seus corações. Jesus disse que aquele que odeia a seu irmão já o matou em seu coração. E a palavra de Deus também diz que assassinos não entrarão no reino dos céus.
Existem muitos que frequentam as igrejas mas já mataram seus irmãos em seus corações e estão sob iminente juízo de Deus. Precisamos construir arcas de salvação, células, M12 para que essas pessoas sejam alcançadas e possam ser salvas. Convertidas pelo poder do Espirito Santo.
Nosso chamado é para sermos construtores de arcas de salvação. E a maior motivação para isso é que ao construirmos essas arcas estaremos nos salvando a nós mesmos.
Nós somos construtores de arcas.
Eu sou construtor de arcas.
Existe um preço para ser pago nesta construção.
Quem não tem revelação para salvação dos outros não tem revelação para salvação de si mesmo.
Quem tem revelação de céu e inferno tem motivação de sobre para servir a Deus como construtor de arcas de salvação.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
II Reis 5:20-27
Meditamos no domingo sobre Naamã e a sua cura da lepra. Aprendemos que para recebermos a cura de Deus devemos deixar de lado o orgulho, a soberba, a altivez e tudo mais que nos afasta de Deus.
Naamã era um homem que possuía dinheiro, fama, sucesso, prestígio na sua terra, reconhecimento de valor diante de seu senhor. Porém ele não possuía saúde. Era doente de uma doença que o afastava das pessoas e o impedia de aproveitar tudo que ele tinha.
Ele foi até o homem de Deus e recebeu uma direção a tomar e após realizar o que lhe foi mandado ele foi curado.
Hoje iremos meditar na continuidade desta história.
O homem de Deus, Eliseu, tinha um servo, discípulo chamado Geazi que o acompanhava a todos os lugares que ele ia e o servia. Assim como Eliseu esteve para Elias, Geazi estava para Eliseu.
Geazi acompanhou toda a situação entre Naamã e o Homem de Deus. Viu o proceder de Eliseu naquela situação e em todas as outras situações. Ele era discípulo de Eliseu, era um aprendiz.
Naquela situação Eliseu recusou os presentes que Naamã trouxe para que ele não pensasse que havia comprado o milagre de Deus. As bênçãos do Senhor são liberadas por Ele e ninguém as pode comprar.
Naamã foi embora, mas Geazi resolveu ir atrás dele e tirar proveito da fama e do reconhecimento de seu senhor. Correu atrás Naamã e mentiu, dizendo que seu senhor, o homem de Deus, o havia mandado para pedir alguns bens. UMA MENTIRA.
Naamã lhe deu, acreditando que Eliseu o profeta o havia mandado e ainda mandou dois servos levarem as coisas com Geazi. Ao chegar em casa devolta escondeu coisas e se apresentou ao homem de Deus.
Eliseu chamou seu servo e perguntou onde ele estava. Ele novamente mentiu, dizendo: "Teu servo não foi alugar algum." Uma mentirosa apenas, pensava ele.
Mas o profeta, cheio do Espírito Santo, lhe confrontou e disse que ele estava mentindo e agiu errado por mentir e tirar proveito do poder de Deus e da fama dum profeta.
O profeta disse que a lepra que estava em Naamã passaria para ele, como conseqüência de seu pecado.
Geazi tentou se aproveitar do reino de Deus em beneficio pessoal. Usou o nome do profeta e mentiu duas vezes para ter umas roupas de festa eedis talentos de prata, cerca de 43 kilos de prata.
Ele voltou para servir ao seu senhor como se nada tivesse acontecido.
Ap. Paulo disse em Atos 20:33 que não devemos cobiçar prata ou ouro de ninguém. Êxodo 20:17 deixa claro que a cobiça é um dos pecados advertidos por Deus nos 10 mandamentos para que não cometamos.
Ainda hoje em dia muitas pessoas estao como Geazi, mentindo em nome de Deus, enganando em nome Deus para benefício pessoal. Pessoas vendem bênçãos com interesse de ajuntar dinheiro. Assim como a igreja católica na idade média vendia perdão de pecados e pedaços de terra no céu.
Hj em dia algumas pessoas dizem que se você ofertar, fizer a corrente de cura, fizer o voto da aliança da oferta, etc receberão a benção que querem. Vemos isso hoje em dia. Agem como Geazi, negociando o reino de Deus e as bênçãos do reino de Deus em troca de fama, prestígio, nome, status.
A decisão errada de Geazi atraiu maldição para ele e para sua descendência. Uma decisão errada, motivada por uma motivação errada, a cobiça, inveja, ganância.
Obras da carne, ídolos do coração. Naquele momento em que Geazi cometeu esses erros ele atraiu para si escuridão e cegueira espiritual. Se colocou debaixo da cobertura do deus deste mundo, o diabo. II Cor 4:4.
Geazi ficou tão cego que foi preciso o profeta orar para Deus abrir os olhos dele. II Reis 6:15-17.
As decisões erradas podem trazer cegueira espiritual, podem trazê lepra espiritual ou física, podem atrair maldições.